sábado, 17 de abril de 2010

Dias contados

"Existem pessoas que, teoricamente, deveriam amar você. Pessoas que, segundo a nossa cultura, deveriam proteger você, cuidar de você, respeitar seus limites. O que me leva a crer que quando você pede para uma dessas pessoas por favor, não faz isso que me machuca e a criatura continua fazendo, talvez seja por que ela não ouviu o seu pedido. Seria interessante que você pedisse novamente, por favor não faz. Se ainda assim não adiantar, e a pessoa que supostamente deveria respeitar seus sentimentos continuar mantendo a atitude que te causa sofrimento, penso que é válido elevar o tom de voz e talvez até gritar, por que se estamos falando de alguém que presumivelmente ama você, ou deveria amar, quando a pessoa escutar o seu pedido e souber que isso arrebenta com você por dentro, ela vai parar. Mas se você gritou e ela continuou fazendo o que tanto lhe tritura, talvez seja por que ela tenha sim escutado, mas não consiga agir de outra maneira. A escolha entre parar de fazer o que violenta você, atendendo o seu pedido, e continuar repetindo o comportamento de propósito, apesar dos seus gemidos de dor, não existe. O prazer que a pessoa sente em repetir e repetir e repetir o comportamento que te corrói é muito maior do que a satisfação momentânea que ela sentiria em simplesmente saber que está respeitando seus sentimentos. É assim, as vezes quem deveria cuidar de você é quem mais te violenta, e não há nada que você possa fazer. "
Roberta Arabiane no extinto Megeras Magérrimas

Os cabelos dele cheiravam a maçãs frescas. Eu nunca me esqueci. Talvez tenha sido o único detalhe que a minha memória guardou. Os demais, se foram, como a imagem do sorriso dele, o som da voz, o exato tom dos olhos.
Os esqueletos das lembranças, agora empoeirados e guardados na última prateleira, aquela mais alta, mais inacessível, mais longe - aquelas mesmas que eu jurei jamais remexer - jazem, somente esqueletos, somente poeira.
Eu sinto falta de tudo o que não tive tempo de dizer, sinto falta de saber que ele se casaria com uma moça linda e que teria os filhos mais fofos do mundo, e se tornaria um jovem senhor e depois um respeitável senhor e depois... e depois...
A dor não passa, as lembranças sim, mas a dor? Ah não, a dor há de ficar, para que eu não me esqueça nunca que os cabelos dele cheiravam a maçãs frescas...

domingo, 11 de abril de 2010

Obssesed! That's the only way to describe it. I don't know how much more I can wait until there's a real moment between us...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Nunca subestime a capacidade das pessoas de te decepcionarem.
Nem a sua própria capacidade de decepcioná-las.

Pérola de Criminal Minds

"Às vezes não há palavras nem citações inteligentes para resumir o que houve durante o dia. Às vezes você faz tudo certo, tudo exatamente certo e ainda sente que falhou. Às vezes o dia apenas acaba."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bolos de cenoura não se fazem sozinhos.

Pérola de Grey's Anatomy

"Não é só pela morte que temos que sofrer.
É pela vida, pelas perdas.
Pelas mudanças...
E quando imaginamos porque algumas vezes é tão ruim,
Porque dói tanto,
Temos que nos lembrar que tudo pode mudar instantaneamente,
É assim que se permanece vivo.
Quando dói tanto que não se pode respirar.
É assim que se sobrevive...
Se, lembrando desse dia,
De alguma forma, impossivelmente,
Não se sentir assim...

Não vai doer tanto."

Querer

Queria braços capazes de abraçar o mundo,

Pernas para correr além do pensamento,

Olhos para ver até o infinito,

Ouvidos de ouvir cantigas de ninar,

E a boca muda, numa prece silenciosa e dolorida.
Ela era uma menina miudinha com um enorme barrigão e os amigos a chamavam de baiacu e de guaru. Ela odiava. Ela adorava o arroz com ovo frito da vó Dilina. Ela adorava andar descalça. Ela gostava da Xuxa e dos Menudos. Ela odiou seu pai por muitos anos. Ela não tinha heróis. Ela chorou quando seu primeiro cachorro morreu. Ela chorou muito mais quando seu amiguinho morreu. Ela queria ser escritora. Ela adorava livros de aventura. Ela aprendeu a nadar se afogando. Ela aprendeu a ser sozinha. Ela chorou quando seu filho nasceu. Ela queria ter fugido de casa com a mochila nas costas, mas não teve coragem...