quinta-feira, 10 de março de 2011

O tempo...

Eu me lembro que um dia, com outros problemas, mas com a mesma angústia, eu te disse que o tempo cura tudo.
É engraçado como a gente muda de idéia, não é? Hoje eu não acho que o tempo cure tudo. O tempo se encarrega de jogar uma pá de cal em cima do mau cheiro. Ameniza, suaviza. Mas não apaga.
Se a gente cutucar direitinho, lá naquele lugar da sujeira, o fedor vai voltar. E com ele, as moscas, as pragas.
Joguei pás e pás de cal em cima da minha dor. Com a intenção de que o cheiro não atormentasse meus pensamentos. Querendo esquecer que naquele lugar houve tanta briga, tanta dor, tanta ofensa.
Mas não pense que eu fiz isso também nos lugares onde as flores nasceram. Eu continuo à regá-las, com amor, com carinho. E vejo aquele jardim, cheio de boas recordações, de amor, de suspiros e sussuros das madrugadas.
É preciso saber separar. E é o que eu tenho tentado.
Respira, respira.... vai passar.

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