E eu te quero tanto que me contento com pouco. Rendo-me aos
teus encantos, aos teus apelos, ao teu calor.
E tenho ganas de vomitar palavras nos teus ouvidos,
contar-te os segredos mais doces, os meus mais escondidos desejos, contar-te...
Não deixar que abras a boca, que digas nada, que me conte
teu dia ou teus lamentos, não quero ouvir-te, quero apenas teus olhos nos meus,
teus ouvidos atentos aos meus dizeres, e tuas mãos a me segurarem para que eu
não fuja, para que eu não me perca de ti, para que eu não me contente com tão
pouco quando quero tanto e tanto e tanto.
E me vejo num Déjà
vu, penso que já disse o que não disse, que te toquei sem ter ainda te tocado,
que sorri, e que não haverá lágrimas nem hoje nem nunca, que não haverá
tristeza nem dor, nem saudade nunca, porque nunca estive e sempre estive junto
de ti.
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